terça-feira, 1 de abril de 2014

Com cachê de R$ 200, Ring Girls vivem ‘dura realidade’ no Brasil






Aryane complementa sua renda trabalhando como modelo e DJ - Erik Engelhart
Aryane complementa sua renda trabalhando como modelo e DJ - Erik Engelhart

Um espetáculo de MMA é feito de vários personagens e os principais são os lutadores, que fazem de tudo para proporcionar uma boa luta e não medem esforços para conquistar uma vitória.

Mas entre um round e outro, as Ring Girls desfilam sua beleza no octógono com suas tradicionais plaquinhas, para informar ao público em qual parcial a luta se encontra. Elas tem pouco tempo para atuar entre um assalto e outro, mas sempre roubam a cena com seus corpos sarados e trazem um pouco de leveza ao espetáculo.

Porém, quem acha que a vida dessas beldades é fácil, está redondamente enganado. Se nem mesmo no UFC, as Ring Girls conseguem  viver só dessa “profissão”, no mercado nacional a situação não é diferente. O cachê das beldades varia entre R$ 200 e R$ 500 por evento, com exceção daquelas que já são conhecidas do público como ex-participantes de reality show ou modelos, que chegam a ganhar em torno de R$ 1000 em um show.

“As Ring Girls que já tem fama, com certeza tem uma condição diferente, ganham um pouco mais, uma coisa são as fixas e a outra são as convidadas. O Jungle ajuda essas mais famosas, como as que participaram do Big Brother, a se manter na mídia”, disse Wallid Ismail, presidente do Jungle Fight.
Presidente do WOCS, evento que conta com o maior time de Ring Girls do mercado, Tatá Duarte dá a dica para quem quer seguir a profissão, mas adverte que não é possível viver só como Ring Girl e que o maior cachê é destinado aos atletas, donos do espetáculo.

“Para ser uma boa Ring Girl, a menina tem que ter desenvoltura e ser carismática, é um pacote. Tem que ser bonita, sarada e também ser boa nas entrevistas, ter que ser inteligente para atender bem os repórteres. Não chega a ser uma profissão para as meninas, mas uma plataforma para que elas consigam outros trabalhos, abre muitas portas, mas elas não conseguem viver só como Ring Girls.
O principal para ser uma Ring Girl no Brasil é ser bonita e ter presença. É bom para trabalhar a imagem, pois elas aparecem na televisão e acabam participando de outros trabalhos. Quem tem que ganhar bem é o atleta, pois são eles que fazem o espetáculo”, disse o cartola.

Aryane Steinkopf é uma dessas Ring Girls privilegiadas, pois a bela passou a fazer parte dos eventos de MMA depois de construir fama como modelo, ‘panicat’ e ex-participante de reality show.

“O meu caso é totalmente diferente, pois não fiquei conhecida através dos eventos de MMA. Atuei em alguns eventos por já ser conhecida e, de certa forma, sou um atrativo. Mas mesmo assim não dá para viver apenas trabalhando como Ring Girl em eventos, pois acontecem apenas em certos períodos”, revelou a beldade.

Por ganhar mais do que a maioria das Ring Girls do mercado, Aryane revelou que é vítima de inveja de outras meninas, mas também de admiração.

“Sempre rola uma admiração e inveja também (risos). Algumas meninas vem me perguntar como devem se comportar, o que devem fazer quando se estão dentro do ringue”, disse a loura, que deu algumas dicas para as novatas.

“Como já atuo no segmento há algum tempo, sempre dou algumas dicas para que possam melhorar.

Primeira coisa é entender do esporte em seguida simpatia, carisma, dedicação e beleza. Eu sempre procuro atender todos que querem tirar fotos, nos intervalos vou perto das arquibancadas, converso, dou entrevistas”, concluiu.
Ex-participante do reality show Big Borther Brasil, a bela Marien Carretero (© Divulgação)


Por:Erik Engelhart - Ag Figh

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