O prefeito de Timon e presidente da executiva estadual do PSB no Maranhão, Luciano Leitoa(foto), disse a reportagem do jornal O Estado do Maranhão da edição deste sábado,8, que a sigla continua indefinida sobre a eleição para governador do estado. Luciano Leitoa também minimizou a crise com seu vice, o médico Danísio Marabuco.
As afirmações são destaques do impresso que circula neste sábado em todo o estado.
Veja abaixo a íntegra da matéria:
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) aguarda a definição de aliança política no cenário nacional para decidir futuro no Maranhão. Foi o que garantiu a O Estado o prefeito de Timon e presidente estadual da sigla, Luciano Leitoa. Ele explicou que, apesar de já haver entendimento de apoio do partido ao pré-candidato Flávio Dino (PCdoB) para as eleições de outubro, há possibilidade de a legenda seguir outro destino, caso assim determine a direção nacional. O deputado estadual Marcelo Tavares (PSB) e o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), compartilharam do mesmo entendimento de Leitoa.
A aliança com o PCdoB no Maranhão é uma articulação de 2012, firmada para fortalecer a eleição do prefeito Edivaldo Júnior. Mas no acordo há o compromisso de apoiar a candidatura de Roberto Rocha ao Senado, o que nunca foi admitido publicamente pelos comunistas.
De acordo com Luciano Leitoa, a direção estadual da sigla segue com a intenção de formar aliança política com o PCdoB. Ele lembrou de um acordo firmado em 2012 entre o seu partido, o PCdoB, PDT e o PTC, que tinha por objetivo eleger o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e em seguida manter aliança para a eleição deste ano, com a composição de chapa. "Temos o entendimento desde 2012, de que o partido deve compor a chapa de Flávio Dino, mas dependemos de uma definição nacional. A tendência, contudo, é de aliança com o PCdoB", disse.
Apesar da intenção de manter aliança com o comunista, Leitoa ponderou que determinados cenários nacionais podem inviabilizar um acordo. Um destes cenários, explicou, seria uma aliança política entre o PCdoB e o PT, partido que até o momento permanece na base do Governo do Estado.
"A direção estadual por meio de seus membros tem a intenção de manter a aliança com o Flávio. Agora, se houver uma composição entre o PCdoB e o PT, isso dificultará muito o entendimento, justamente pelo fato de os dois partidos terem candidaturas à presidência da República", disse. O PT buscará a reeleição de Dilma Rousseff, já o PSB tentará eleger à Presidência o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Cenário - Quem também cogita a possibilidade de rompimento, caso o PCdoB apóie a reeleição de Dilma, é o deputado Marcelo Tavares. "O partido está com Flávio Dino e não tem por que mudar o seu posicionamento. Mas, na possibilidade de o partido do Flávio ir com o PT, haverá o conflito de alianças nacionais, o que aí sim, inviabilizaria a parceria entre o PSB e o PCdoB. Fora isso, estamos no mesmo palanque e no mesmo projeto", disse.
O vice-prefeito de São Luís, pré-candidato ao Senado pela chapa majoritária de Dino, também falou da necessidade de haver uma definição de cenário nacional para a composição de aliança no estado. Disse que, no momento, o partido está ao lado do PCdoB, mas fez questão de citar justamente, como já haviam adiantado Leitoa e Tavares, a possibilidade de afastamento da sigla, caso Flávio Dino conduza o partido ao palanque do PT. "Faço das palavras do deputado Marcelo Tavares as minhas", finalizou.
PSB e PCdoB em crise no MA
O núcleo que comanda o PSB no Maranhão enfrenta divergências com a cúpula do PCdoB desde o ano passado, quando membros dos partidos disputaram cargos na administração de Edivaldo Holanda Júnior (PTC), em São Luís.O prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves(foto ao lado), chegou a afirmar em algumas ocasiões que o partido havia sido desprestigiado pelo prefeito petecista e consequentemente por Flávio Dino (PCdoB), que impôs a Edivaldo o comando das principais pastas da Prefeitura, como Educação, Func e Comunicação. O PDT também ficou descontente com a composição de governo.
Após as disputas de bastidores por espaços na administração petecista, um caso tornado público e que foi parar na Justiça, envolvendo Ribamar Alves e a juíza Larissa Tupinambá, esposa do secretário municipal de Educação (PCdoB), Geraldo Castro, agravou a crise entre os núcleos das duas siglas.
A juíza acusou Alves de assédio sexual em seu gabinete de trabalho. Alves, por sua vez, negou o crime e divulgou nota pública, onde lamentou a conduta "equivocada" da magistrada.
Sem moral - Geraldo Castro, por outro lado, classificou Alves de elemento "sem condições morais e psicológicas" para ocupar o cargo de prefeito de Santa Inês. Também afirmou que a atitude de Alves foi "sórdida, covarde, absurda e injustificável sob qualquer aspecto" e garantiu que iria levar o caso "até o fim" na via judicial.
Na semana passada, outro episódio envolvendo membros do PSB e do PCdoB abalou a relação entre as direções das legendas. O vice-prefeito de Timon, Danísio Marabuco, que é comunista, criticou duramente a administração do prefeito Luciano Leitoa e assegurou que no município não existe atenção básica de saúde. Leitoa também se manifestou por meio de nota e considerou equivocadas as declarações de Danísio, aliado de Flávio Dino. A O Estado, no entanto, ele minimizou a crise. "O que houve foi um episódio normal dentro de uma administração pública. Mas não há qualquer tipo de rusga entre eu e o vice-prefeito", finalizou.
Mais
Apesar de demonstrar publicamente a unidade em torno da coligação com o PCdoB, o PSB ainda se divide internamente sobre a relação com os comunistas. Além da questão política, as questões pessoais envolvendo alguns membros dos dois partidos têm pesado na relação. Além disso, os socialistas são divididos em três grupos no Maranhão. O vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha, comanda uma ala; a outra é comandada pelo presidente regional, Luciano Leitoa, e pelo prefeito Ribamar Alves. E uma terceira reza na cartilha da família Tavares.
Do Blog do Elias Lacerda
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