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Poços – Em visita a Madri, onde apresentou nesta terça-feira a versão em espanhol de seu livro “A Duquesa Vale Uma Missa”, o senador José Sarney (PMDB-AP) voltou a manifestar apoio à presidente Dilma Rousseff, ao dizer que confia que ela punirá os responsáveis pelo escândalo de corrupção na Petrobras, e lembrou seu próprio período na presidência, afirmando sentir “muito orgulho” por seu papel no retorno do Brasil à democracia.

Sarney, em entrevista à Agência Efe, qualificou Dilma como “uma mulher muito preparada, que tem uma grande experiência de seus anos de governo que será muito importante para que possa melhorar as coisas no Brasil no segundo mandato”.

Em alusão ao caso Petrobras, o senador afirmou estar convicto de que Dilma “está tomando todas as medidas possíveis e vai restaurar o prestígio do país e punir os culpados por essas coisas que estão ocorrendo”.

O ex-presidente também exaltou o processo de retorno do Brasil à democracia e os avanços sociais e econômicos que conquistou enquanto esteve à frente do governo, além das melhorias apresentadas por seus sucessores, que segundo ele fizeram do Brasil um país “exemplar”.

Sarney disse que o momento mais especial de sua longa carreira política foi a aprovação de uma Constituição “voltada ao social” e que mostrou ser a “mais duradoura” do país.
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Sobre aquele período no Planalto, do qual afirmou sentir “muito orgulho” por ter sido o primeiro presidente pós-ditadura militar, Sarney lembrou que assumiu o governo em uma situação eexcepcional no qual “a realidade pareceu ficção”.

O senador afirmou que “nunca tinha imaginado” que teria que assumir a presidência (devido ao falecimento de Tancredo Neves, do qual seria vice, antes da posse), e descreveu a sensação que teve nos primeiros momentos no cargo: “tinha a impressão de que vivia uma situação que não era real”.