Equipe internacional de pesquisadores coleta dados - e fotos deslumbrantes - dos tepuyes, formações na fronteira entre Venezuela, Guiana e Brasil.
"É
um lugar único no mundo pelas paisagens, morfologia. Todos os que têm a
sorte de vê-las têm uma experiência incrível", disse Francesco Sauro à
BBC sobre as cavernas (Foto: Alessio Romeo/La Venta)
"É um lugar único no mundo pelas paisagens, pela morfologia. Todos os que têm a sorte de vê-las têm uma experiência incrível", descreveu o pesquisador à BBC.
A equipe inclui pessoas com vasta experiência em rapel, escalada. "E temos um código muito rigoroso de segurança", conta Sauro. "Descemos as paredes de montanhas de 200, 300, até 400 metros de profundidade. As pedras podem cair. Os rios também são arriscados."
Em suas viagens, Sauro coleta dados sobre a química e a microbiologia das formações que encontra. Mas o lado científico é apenas um atrativo das cavernas - o outro são as suas belezas e os seus mistérios.
O
pesquisador Francesco Sauro explica que a logística para explorar as
cavernas é complicada e arriscada. "Usamos helicópteros, mas não se pode
chegar apenas por cima. Precisamos escalar (as montanhas) e é difícil
levar todo o equipamento dessa maneira. Primeiro encontramos a entrada
da caverna e depois a exploramos. Há muito pouco tempo disponível para a
pesquisa científica." (Foto: Vittorio Crobu/La Venta)
Sauro
explica que o risco é compensado pelo 'mistério' que emana das
cavernas."Elas são completamente escuras e só a sua luz te ilumina, de
modo que o visual é muito pessoal", descreve. "Tem também a ideia de ir
aonde ninguém foi e, acima de tudo, de encontrar algo inesperado. Nas
cavernas, essa sensação é muito forte". (Foto: Riccardo De Luca/La
Venta)
Sauro
explica que, diferente de cavernas em outras partes do mundo, estas não
são compostas de calcário, e sim feitas de uma rocha mais diversificada
e antiga, criada há 1,8 bilhão de anos. "É um novo mundo que você tem
que ir descobrindo e estudando lentamente", se anima (Foto: Riccardo De
Luca/La Venta)
As
cavernas são um testemunho preservado do passado, diz Sauro. e um
ecossistema único que deve ser protegido. "Nós temos um protocolo de
proteção muito rigoroso. Nos descontaminamos antes de entrar e não
deixamos nada para trás, lixo ou dejetos humanos", disse Sauro (Foto:
Alessio Romeo/La Venta)
Algumas
das formações mais curiosas são compostas de óxido de silício e foram
moldadas ao longo dos anos por microorganismos (provavelmente
bactérias). Acredita-se que estes estromatólitos tenham 350 mil anos
(Foto: Vittorio Crobu/La Venta)
Da BBC
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