Aconteceu na manhã de hoje, em São Luis, a reunião que tratou do sistema de saúde pública em Timon. Participaram da reunião o Secretário Estadual da Saúde, Ricardo Murad, o prefeito de Timon, Luciano Leitoa, o promotor de justiça, Antonio Borges, Secretário Municipal de Saúde, Márcio Sá, gerente regional de saúde, Marco Simão, deputado estadual Alexandre Almeida e uma equipe de técnicos da saúde estadual. Em quase três horas de reunião, foram discutidos praticamente todos os gargalos da saúde pública timonense. A reunião ocorreu em clima amigável e houve avanços onde as possíveis divergências políticas não se fizeram presentes.
Tudo começou com a palavra sendo franqueada ao promotor Antonio Borges que relatou sua preocupação com os serviços de emergência de Timon e oncologia (pacientes com câncer). O membro do ministério público pediu que as duas esferas da saúde pública (municipal e estadual) conseguissem buscar um entendimento para oferecer um melhor atendimento ao povo timonense.
Logo em seguida o Secretário Estadual da Saúde Ricardo Murad fez o uso da palavra onde reafirmou um compromisso feito no ano passado com o prefeito Luciano Leitoa. Nele o estado assumiria a média complexidade transformando o hospital regional Alarico Pacheco em hospital Geral e o município ficaria com o atendimento materno infantil, cirurgias eletivas e consultas especializadas.
Ricardo assegurou que nesses dias o dinheiro foi licitado e que o Alarico Pacheco sofrerá uma transformação total com uma ampla reforma. Disse que para a reforma, não precisa fechar o hospital, pois assim fez com o hospital estadual em Pedreiras e o Carlos Macieira, em São Luis.
O secretário garantiu que tão logo a prefeitura de Timon transforme o hospital do Parque Alvorada em unidade Materno Infantil, ele assume a média complexidade total do município.
Sobre a oncologia, Ricardo explicou que todo o dinheiro para tratamento de câncer dos 217 municípios do Maranhão, estão no município de São Luis, definidos por uma Programação Pactuada Integrada, PPI, de 2004, ou seja,os municípios não tinham o serviço de oncologia naquele ano e definiram que São Luis, que possuía esse serviço, trataria seus pacientes.
Diante disso e com o fechamento das portas para pacientes maranhenses em Teresina, a saída seria provisoriamente encaminhar os pacientes para a capital São Luis. “Não sou eu o gestor dos recursos de oncologia, mas o município de São Luis”, teria dito Ricardo demonstrando estar chateado com as críticas que tem recebido por boa parte da imprensa quando trata deste assunto
A palavra do prefeito Luciano Leitoa
Terceiro a falar, o prefeito Luciano Leitoa, apresentou números sobre os gastos que possui na saúde pública em Timon e disse que o problema maior é financiamento. Ele se comprometeu a fazer as adequações no hospital do Parque Alvorada para transformação em hospital Materno Infantil e acrescentou que a licitação está sendo providenciada. Ele lembrou que o atraso nas obras se deu por conta de algumas burocracias e exigências da Vigilância Sanitária.
O prefeito afirmou que colocar para funcionar pelo município os serviços de urgência e emergência, traumatologia e ortopedia causaria grande impacto no orçamento no teto de média complexidade, mas se comprometeu a buscar uma solução para o problema.
Luciano Leitoa ficou de buscar algumas alternativas. Nos próximos dias ele deve se reunir com o prefeito Firmino Filho onde tratará do assunto.
Também presente na reunião, o deputado estadual Alexandre Almeida lembrou que o compromisso assumido de transformação e organização da rede pública de saúde de Timon foi renovado na reunião, pois o mesmo já havia sido feito em maio do ano passado.
Ao final da reunião, os participantes avaliaram como positiva o encontro na capital maranhense idealizado pelo promotor de justiça Antonio Borges e mediado pelo gestor regional de saúde, Marco Simão. O timonense espera que atitudes como essas se repita e tragam resultados concretos em benefício da população.
Do Blog do Elias Lacerda
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